sábado, 27 de novembro de 2010

Ultimato e prisão de parentes elevam pressão da polícia a traficantes no Rio

Após anúncio de que PM estava pronta para invasão, tensão no Complexo do Alemão cresceu; por volta de 22 horas, tiroteio prosseguia

28 de novembro de 2010 | 0h 00


Alfredo Junqueira, Clarissa Thomé, Felipe Werneck, José Maria Tomazela e Rodrigo Burgarelli - O Estado de S.Paulo
RIO

A polícia do Rio ampliou ontem o cerco a traficantes e chegou a dar um ultimato até o anoitecer para que os 500 criminosos que permaneciam escondidos no Complexo do Alemão, na zona norte, se entregassem. Às 22 horas, as tropas seguiam em posição nos acessos e bandidos atiravam do alto dos morros, com balas traçantes - não havia informações sobre mortes. Para asfixiar ainda mais o tráfico, quatro mulheres de líderes do tráfico foram presas.

No terceiro dia de cerco de forças policiais e militares ao Complexo do Alemão, o coordenador do AfroReggae, José Junior, subiu a comunidade da Grota - onde estavam concentrados alguns líderes criminosos - para tentar negociar uma rendição.

Segundo ele, parte dos criminosos estaria disposta a se entregar. Durante sua permanência na favela, houve diversas trocas de tiros entre autoridades e traficantes. "O clima está tenso. Mas aquele confronto pesado que todo mundo estava esperando, acho que isso não vai acontecer", disse Junior. "Recomendei que se entregassem. Não sei se isso vai acontecer. Alguns querem, outros não. Mas aquela famosa marra, isso eu não vi."

A polícia e o Exército chegaram a estabelecer um local para a entrega dos criminosos, na descida do morro. Mas até o fim da noite, ninguém se apresentou.

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), o defensor Leonardo Rosa e o pastor Antonio Carlos Costa, presidente da ONG Rio de Paz, se ofereceram ao governador Sérgio Cabral (PMDB) para formar uma comissão para intermediar rendições. "É melhor do que o banho de sangue", afirmou o deputado. O grupo não recebeu resposta do governo sobre a proposta.

Ao longo do dia, PMs detiveram dezenas de pessoas que tentavam sair pela Rua Joaquim de Queiroz, uma das principais vias do complexo. Todas foram algemadas e encaminhadas para a 21.ª DP (Bonsucesso) para averiguação, deixando parentes desesperados, como a viúva Maria das Dores Silva de Souza. Com a carteira de trabalho do filho, Alex Silva Pereira, de 20 anos, ela tentava convencer policiais da inocência do rapaz. Não conseguiu. "Ele estava indo para praia, é trabalhador. Trabalhou até nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)."

Desde o último domingo, 228 pessoas foram presas e detidas e 50 mortas. Muitos moradores, apavorados, saíram ontem da favela carregando roupas, TVs e até ventiladores. Pais levavam filhos pelas mãos e corriam quando atravessavam as ruas onde se concentraram as trocas de tiros.

Família. Outra iniciativa para tentar minar o ânimo dos criminosos foi deter parentes. Viviane Sampaio, de 32 anos, casada com Alexander Mendes da Silva, o Polegar, um dos escondidos nos morros, foi presa em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, zona oeste.

Na sexta-feira, foi detida Márcia Gama dos Santos Nepomuceno, casada com Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, suposto mandante da onda de ataques no Rio. Ele cumpre pena em presídio federal e a suspeita é de que tenha passado a ordem em visita íntima. Beatriz da Silva Costa de Souza, apontada como amante de VP, também foi presa.

Os parentes dos criminosos são acusados de lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. "Dinheiro ilícito é repassado para a família e em visitas íntimas, que não podemos gravar, essas mulheres são usadas como pombo-correio", afirmou o chefe da Polícia, Allan Turnowski.

Antes do início dos ataques, já estavam presas as mulheres de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, e de Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel. A mulher do traficante Márcio Batista dos Santos, o Dinho Porquinho, é considerada foragida.

A Polícia Civil informou que outras serão detidas. "É outro enfoque, é a busca do dinheiro do tráfico para enfraquecer a quadrilha. Não adianta a gente retirar o fuzil se continuar com dinheiro. Sem dinheiro, sem território, ausência do tráfico", afirmou Turnowski.

A maior baixa ocorreu na família de Polegar. Além de Viviane, foram presos o pai dela, Genival, o irmão Vitor e a tia Lúcia Maria Souza Melo. "Todos têm imóveis no seu nome. Foram presos porque, de alguma forma, davam sustentação à atividade criminosa", afirmou o delegado da 9.ª DP, Alan Luxardo.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Príncipe Charles anuncia casamento

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O casal se conheceu na universidade e está junto desde 2003. William pediu Kate em casamento no mês passado
FOTO: REUTERS


Príncipe William está noivo de Kate Middleton, a quem deu um anel de safira com diamantes que era de Lady Diana

Londres. O príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, se casará no próximo ano com Kate Middleton, sua namorada desde 2003, informou a Clarence House, residência oficial do príncipe Charles e de seus filhos.

William, de 28 anos (filho mais velho de Charles e da princesa Diana, morta em 1997), e Kate, também de 28, ficaram noivos em outubro, quando passavam férias no Quênia.

A cerimônia de casamento deve ocorrer na próxima primavera ou verão de 2011,  30 anos após o casamento do príncipe Charles com Lady Diana.

William deu a Kate o mesmo anel de noivado - com uma safira azul rodeada de diamantes - que seu pai entregou a Diana quando a pediu em casamento, em fevereiro de 1981. O anel, criado pela joalheria Garrard, custou na época 28 mil libras (mais de R$ 77 mil). O príncipe descreveu o anel como "muito especial" para ele.

"É minha maneira de garantir que minha mãe não está ausente da emoção deste dia e de nossa intenção de passar o resto de nossas vidas juntos", afirmou.

Kate declarou que é "um desafio enorme" entrar para a família real. "Mas, com um pouco de sorte, farei progressos, e William é um grande professor, espero que possa me ajudar ao longo do caminho", acrescentou a noiva. Ela, que usava um vestido de cetim azul para combinar com o anel de noivado, também afirmou que o príncipe a pediu em casamento durante umas "férias maravilhosas" no Quênia, no mês de outubro.

O casal se conheceu em 2001 na Universidade Saint Andrews, na Escócia, onde eram alunos do curso de História da Arte e viviam no mesmo dormitório estudantil. Em 2007, passaram por uma breve separação, mas acabaram reatando.

Tradição
Pela legislação do século XVIII, para se casar, o príncipe precisa da permissão da rainha Elizabeth II. William pediu também autorização do pai de Kate.

A avó de William teve de assinar uma nota de aprovação, em razão da lei de matrimônios reais de 1772, que obriga os descendentes de George II a obter consentimento do soberano antes de contrair matrimônio. A monarca declarou-se "muito feliz" com o casamento, segundo o Palácio de Buckingham.

A rainha do Reino Unido só poderia impedir o casamento se o primeiro-ministro britânico, David Cameron, rejeitasse a união. O premiê já fez declarações dizendo-se "encantado" com a notícia e desejou felicidades ao casal.

Segundo a tradição, após a aprovação da rainha e do premiê, a única maneira de que o casamento não seja celebrado é se todas as câmaras do Parlamento - a dos Lordes e a dos Comuns - voltem atrás nos próximos meses.

Ainda no início deste mês, começou a especulação sobre um iminente casamento real depois que os pais de Kate, Michael e Carole Middleton, visitaram, como convidados de William, a casa particular do príncipe Charles na Escócia.

De acordo com o jornal britânico "Daily Mail", nos moldes do estrito protocolo da família real britânica, esta visita era "altamente simbólica" e possivelmente teve de ser aprovada pelo príncipe Charles e pela rainha Elizabeth II. O fato seria "um sinal claro" de um casamento real iminente.

Vestido

A estilista brasileira Daniela Issa Helayel é uma das mais cotadas para fazer o vestido de noiva de Kate. Segundo a mídia britânica, a carioca Helayel, radicada em Londres, é a estilista preferida da futura princesa.

Em uma das últimas aparições públicas do casal, a noiva foi fotografada com um modelo de Issa no casamento de um amigo do príncipe William, no fim do mês passado.

No site da grife, a futura princesa é listada como uma das admiradoras da marca.

Fique por dentro Futura princesa

Kate Middleton é uma plebeia de classe média, filha do ex-piloto de avião Michael e da ex-aeromoça Carole. Os dois tornaram-se milionários com uma empresa de organização de festas infantis, a Party Pieces. Após obter seu diploma universitário em História da Arte, a jovem trabalhou um tempo para a conhecida marca de roupas Jigswa .

Agora, Kate ajuda no negócio dos pais como fotógrafa da empresa. Ela sempre provocou um enxame de fotógrafos, que a perseguiam por toda a cidade de Londres. Kate chegou a ameaçar jornais e tabloides com um processo judicial. O forte interesse da imprensa pela jovem chegou a provocar comparações com Diana, que se tornou uma verdadeira obsessão para os tabloides ingleses.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dedo em riste, falando alto, o cardiologista Adib Jatene, "pai" da CPMF e um dos maiores defensores da contribuição, diz a Paulo Skaf, presidente da Fiesp e que defende o fim do imposto: "No dia em que a riqueza e a herança forem taxadas, nós concordamos com o fim da CPMF. Enquanto vocês não toparem, não concordamos. Os ricos não pagam imposto e por isso o Brasil é tão desigual. Têm que pagar! Os ricos têm que pagar para distribuir renda".


                             Adib Jatene (Foto: Arquivo do Painel do Paim)


Clique no seguinte LINK para ler a matéria: 

http://blogentrelinhas.blogspot.com/2007/11/obrigado-doutor.html#links

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Giroto, ex-secretário de Obras, tem campanha bancada por empreiteiros e dinheiro de André

deputado federal eleito (esquerda na foto) disse ter gastado R$ 3 milhões na campanha eleitoral, sendo que R$ 1,6 milhão saiu do bolso de 11 empreiteiros e, segundo ele, R$ 1 milhão da conta bancária de Puccinelli



Celso Bejarano

O deputado federal eleito Edson Giroto, do PR, declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que sua campanha eleitoral consumiu R$ 3.029.400,00, R$ 1.637.000,00 dos quais saíram dos bolsos de empreiteiros que tocam obras aqui em Mato Grosso do Sul.
Antes de estrear na política como o deputado federal mais bem votado nessa eleição, com 147 mil votos, Giroto ocupava a secretaria estadual de Obras.
O eleito contou também com uma generosa quantia doada pelo governador eleito André Puccinelli, do PMDB, que injetou R$ 1.034.150,00, dinheiro emitido em cheques, na campanha de Giroto, segundo dados disponibilizados na internet desde a tarde desta terça-feira pelo TSE.
Do bolso de Girotto, saíram apenas R$ 6 mil, segundo sua prestação de contas entregues ontem ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
De acordo com a prestação de contas de Giroto, ele recebeu doações dessas empresas:
1 – Cbemi Construtora Brasileira e Mineradora Ltda (R$ 300 mil);
2 – Consegv Planejamento e Obras Ltda (R$ 163 mil);
3 – Conspar Engenharia Ltda (R$ 25 mil);
4 – Construtora Alvorada Ltda (R$ 120 mil);
5 – Construtora Brasil Central Ltda (R$ 100 mil);
6 – Engepar Engenharia e Participações Ltda (R$ 50 mil);
7 – Equipe Engenharia Ltda (R$ 200 mil);
8 – Geoserv Serviços de Geotecnia e Construtora Ltda (R$ 400 mil)
9 – Proteco Construções Ltda (R$ 50 mil)
10 – Serveng Civilsan S.A. Empresas Associadas de Engenharia (R$ 100 mi) e
11 – Sipav Serviço e Recuperação, Pavimentação Ltda (R$ 30 mil)