sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Presença do governo nas fronteiras, para defesa do território e combate a tráfico e contrabando

Para combate a tráfico de drogas e contrabando, o governo federal lançou o Plano Estratégico de Fronteiras, que une esforços das Forças Armadas, Polícia Federal e outros órgãos


Imponente Monte Roraima, no extremo norte do país: baixas densidades populacionais são problema de defesa (Foto: Luis Castro/Mnk)

Quarto maior país em termos de terras contínuas, o Brasil é vizinho, a oeste, de dez nações sul-americanas. No mundo, apenas Rússia e China fazem limite com maior número de países. As fronteiras brasileiras consistem em mais de 16 mil quilômetros, grande parte deles cortados por rios, florestas, montanhas e lagos, o que dificulta a defesa do território. A leste, são cerca de 7 mil quilômetros de litoral, composto, sobretudo, por praias de fácil acesso, sem grandes acidentes geográficos.
Assim, as fronteiras são questão central quando se trata de defesa do território. Tráfico de drogas e de armas, contrabando de mercadorias e proximidade com áreas de atuação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são alguns dos problemas que preocupam hoje o governo em relação à segurança da região.
As fronteiras também geram apreensão do governo quando o assunto é defesa do território e da soberania nacionais contra possíveis ataques de potências estrangeiras em busca, sobretudo, de riquezas naturais.
Especialistas civis e militares foram unânimes em apontar a atual vulnerabilidade das áreas de fronteiras. O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante militar da Amazônia, inclui a fraca presença do governo federal na região, a baixa densidade populacional e o atraso socioeconômico dos municípios fronteiriços como fatores que prejudicam a defesa das fronteiras. “Somos um país que caminha para se tornar um ator global, mas temos metade do nosso território não integrado à dinâmica do desenvolvimento nacional”, avalia Villas Bôas.


O alerta do general Villas Bôas, comandante militar da Amazônia: 
“Temos metade do território não integrado à dinâmica do 
desenvolvimento nacional" (Foto: Moreira Mariz/Agência Senado)


Postado por Carlos PAIM