Virologista Florian Krammer, do Hospital Monte Sinai, de Nova York, mostra que a resposta imunológica ao novo vírus é adequada e provavelmente duradoura
Dormir bem, cuidar da higiene e outros cuidados fazem a diferença
Estamos o tempo inteiro expostos a todos os tipos de doenças. Um simples descuido já pode ser suficiente para o sistema imunológico não dar conta de fechar todas as "portas" de nosso corpo, que são suscetíveis a alguma infecção ou vírus. Por isso, é muito importante ter consciência dos hábitos que podem blindar nossa imunidade contra qualquer complicação.
Pensando nisso, o Minha Vida foi atrás de especialistas que deram uma série de práticas para adotar no dia a dia e ter uma imunidade poderosa!
O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de resposta imune.
Existem dois tipos de respostas imunes: a
inata, natural ou não específica e a adquirida,
adaptativa ou específica. Conheça sobre
cada tipo de resposta imune nas explicações abaixo.
Imunidade inata, natural ou não específica
A imunidade inata ou natural é a nossa
primeira linha de defesa. Esse tipo de imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e biológicas.
Veja no quadro a seguir quais são e como elas atuam na defesa do nosso organismo.
Barreira
Ação no organismo
Pele
É a principal barreira que o corpo tem contra agentes patogênicos.
Cílios
Ajudam a proteger os olhos, impedindo a entrada de pequenas partículas e em alguns casos até pequenos insetos.
Lágrima
Faz a limpeza e lubrificação dos olhos ajudando a proteger o globo ocular de infecções.
Muco
E um fluído produzido pelo organismo que tem a função de impedir que microrganismos entrem no sistema respiratório, por exemplo.
Plaquetas
Atuam na coagulação do sangue que, diante de um ferimento, por exemplo, elas produzem uma rede de fios para impedir a passagem das hemácias reter o sangue.
Saliva
Ela possui uma substância que mantém a lubrificação da boca e ajuda a proteger contra vírus que podem invadir os órgãos do sistema respiratório e digestivo.
Suco gástrico
É um líquido produzido pelo estômago que atua no processo de digestão dos alimentos. Devido sua acidez elevada, ele impede a proliferação de microrganismos.
Suor
Possui ácidos graxos que ajudam a pele a impedir a entrada de fungos pela pele.
A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como leucócitos, neutrófilos e macrófagos, que está descrita logo abaixo.
Os principais mecanismos da imunidade inata são fagocitose, liberação de mediadores inflamatórios e ativação de proteínas.
Se a imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida entra em ação.
A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como anticorpos e vacinas.
Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas com o objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age diante de algum problema específico.
Por isso, depende da ativação de células especializadas, os linfócitos.
Existem dois tipos de imunidade adquirida:
Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos linfócitos B.
Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos linfócitos T.
O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos de células e órgãos, que são divididos da seguinte forma:
Conheça abaixo detalhes como cada uma dessas células e órgãos atuam na defesa do organismo.
Células
As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos.
Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela medula óssea e linfonodos. Eles têm a função de produzir anticorpos para proteger o organismo contra os patógenos.
Os leucócitos são o principal agente do sistema imunológico do nosso corpo.
São leucócitos:
Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem.
Eosinófilos: agem contra parasitas.
Basófilos: relacionado com as alergias.
Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos.
Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos.
Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue, responsáveis pelo reconhecimento e destruição de microrganismos infecciosos como bactérias e vírus.
Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua função principal é fagocitar partículas, como restos celulares, ou microrganismos.
Eles são os responsáveis por iniciar a resposta imunitária.
Órgãos
Os órgãos do sistema imunológico são divididos em órgãos imunitários primários e secundários.
Órgãos imunitários primários
Nestes órgãos ocorre a produção dos linfócitos:
Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de produção dos elementos figurados do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas.
Timo: glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino. Sua função é o promover o desenvolvimento dos linfócitos T.
Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se encontram no trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles realizam a filtragem da linfa.
Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da fagocitose, destroem partículas estranhas, microrganismos invasores, hemácias e demais células sanguíneas mortas.
Tonsilas: constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos.
Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos brancos.
Placas de Peyer: acúmulo de tecido linfoide que está associado ao intestino.
Quando o sistema imunológico não funciona adequadamente, ele diminui a sua capacidade de defender o nosso corpo.
Assim, ficamos mais vulneráveis às doenças, tais como amigdalites ou estomatites, candidíase, infecções na pele, otites, herpes, gripes e resfriados.
Para fortalecer o sistema imunológico e evitar problemas com baixa imunidade, é preciso atenção especial com a alimentação. Algumas frutas ajudam no aumento da imunidade, como a maçã, laranja e kiwi, que são frutas cítricas. A ingestão de ômega 3 também é um aliado para o sistema imunológico.
É importante, ainda, praticar exercícios, beber água e tomar sol com moderação.
Licenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Doutora em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2019.